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23/04/2019
Agrônomos alertam sobre as estratégias que devem acontecer agora
Na véspera de Páscoa, o Programa Semanal de Rádio da Coasa recebeu os Técnicos Edimar Cecchin da Unidade de Santa Cecília do Sul e Iucatan do Nascimento da Unidade de Lagoa Vermelha. O assunto abordado foi como o produtor está preparando sua lavoura para a safra de inverno e o impacto dessas ações sobre a safra da soja.
Edimar é enfático ao dizer que a preparação da safra da soja de 2020 começa agora. “Agora é necessário preparar o solo para a safra de soja do ano que vem. Precisamos fazer uma diversificação de raízes, seja com nabo, aveia, trigo ou cevada. O importante na dinâmica do solo é nunca deixar o solo descoberto”, destaca.
Segundo Edimar, um momento importante de avaliação é as coletas de análise de solo. “Nesse momento, acompanhado do assistente técnico, o produtor pode observar como está a física do solo, ou seja, se há compactação, onde se encontra essa compactação, se há formação erosão em algum ponto da lavoura. E com um sistema de plantio direto bem implementado e de longo prazo combater esses problemas”, ressalta ao observar.
Edimar compara: “Se fossemos analisar, depois de uma chuva, aquela terra que fica depositada nas baixadas comparada com áreas onde houve erosão, onde o solo ficou descoberto, iriamos ver o quanto de nutrientes estamos perdendo, imagine transformar isso em dinheiro, se tivéssemos que repor as perdas com adubo e além disso, só produtor sabe o quanto demora para recuperar uma terra que sofreu erosão. É muito mais trabalhoso e caro recuperar do que conservar. Como resolve isso: com um sistema de rotação de cultura, de rotação de raízes e de plantio sobre palha”, pontua.
Outro assunto em destaque nos últimos anos é o Mofo-Branco. Iucatan abordou esse tema em sua entrevista, mostrando-nos que, nas propriedades, essa doença tem causado muitos prejuízos. Para ele, uma das causas do aparecimento e da severidade desta doença é o desiquilíbrio biológico no solo. “Precisamos entender que grande parte dos organismos que causam doenças e que estão no solo, convivem no meio ambiente e precisam estar em equilíbrio com os demais organismos. Quando todos estão em equilíbrio, não há danos severos para a cultura implantada, porém quando há um desiquilíbrio, há um favorecimento daqueles que causam doenças, como o fungo que causa o Mofo-Branco”, informa.
Conforme Iucatan, o Mofo-Branco não tem como ser erradicado da área. “Não há um produto para passar e terminar com a doença. Existe uma sucessão de práticas: controle químico, controle biológico e rotação de culturas para manter o equilíbrio. Para resolver este problema, precisamos do conjunto de ações. Existe um grau de eficiência do químico, um grau de eficiência do químico associado com o biológico, e tudo isso junto com a rotação de culturas. Nisso tudo, quem se favorece é o sistema, como já falou o colega Edimar”, esclarece.
Os Técnicos, para encerrar a entrevista, se colocam à disposição dos associados para esclarecimentos sobre o assunto tratado acima e também para outras informações sobre a safra de inverno.