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08/04/2019
A importância da amostragem e da calagem de solo
No Programa de rádio da Coasa desta semana, um dos entrevistados foi o Técnico Agrícola Cátio Cesar De Conto. Ele atende à Unidade de Gentil e integra o Departamento Técnico da Coasa. Neste Programa, Cátio falou da amostragem e calagem do solo.
Segundo Cátio, a colheita da soja está no final e é sempre muito importante o agricultor atentar para a fertilidade do solo. “Nesta safra a produtividade da soja está um pouco abaixo da esperada pelos produtores, um dos motivos pode ser a falta de correção do solo, pH baixo, presença de alumínio e baixa disponibilidade de cálcio, entre outros problemas que precisam de diagnóstico” ressalta.
Uma ferramenta importante para o melhor diagnóstico da fertilidade do solo é a amostragem, para isso algumas dicas são importantes “A amostragem deve ser bem feita, indicasse de 20 a 30 dias após a colheita da área para que haja um reequilíbrio e distribuição dos nutrientes no solo. Quanto ao processo de amostragem o produtor pode fazer, mas o ideal é sempre ter o acompanhamento técnico para tornar a amostra representativa da área, neste ponto também o produtor pode optar pela coleta de precisão que melhoram muito a uniformidade e qualidade das amostras. A Coasa pode auxiliar muito neste momento de amostragem, nossos técnicos são capazes de fazer uma amostragem eficiente mais próxima da realidade do solo do produtor.” destaca.
O departamento técnico adota o trado ou pá para fazer a amostragem na lavoura, coletando de 10 a 15 subamostras para formar cada amostra, em vários pontos de cada talhão.
Com o resultado da análise do solo em mãos é possível fazer o diagnóstico e tomada de decisão em relação a correção para manter o solo equilibrado e em condições de obter melhores produtividades.
No caso de necessidade de uso de calcário Cátio explica “O calcário serve para reduzir a acidez, ou aumentar o pH do solo, além de reduzir o alumínio tóxico. O ideal é trabalhar com pH em entre 5,5 a 6,5, o que otimiza a disponibilidade de nutrientes”.
Outra questão abordada pelo técnico da Coasa, é sobre a quantidade de calcário a ser utilizado, o indicador utilizado é a saturação de base. “Sabemos que abaixo de 65% da saturação de base já é necessário fazer a calagem, mas o ideal seria atingir a saturação de bases 80%, que corresponde a um pH de 6 a 6,5”. Diante do quadro que se apresenta o solo, Cátio esclarece que será feita uma análise para colocar o melhor calcário para a lavoura. “Lembramos que a Coasa trabalha sempre com calcário de ótima qualidade, um calcário com PRNT acima de 90%, que é um calcário de alta eficiência na correção do solo. Quanto melhor o PRNT, mais rápido e mais eficiente será o calcário e mais rápido o efeito esperado”, destaca.
Além do critério de PRNT o tipo e concentração de nutriente no calcário também deve ser levado em conta para a melhor escolha. Calcário dolomítico e calcítico, são dois tipos de calcário e a escolha de um outro será realizada de acordo com os dados da análise de solo.
Para finalizar, Cátio enfatiza a importância de antes de se fazer uma calagem do solo, procurar o Departamento Técnico, fazer uma amostragem do solo, e ter o laudo para avaliar qual o melhor calcário a ser administrado, gerando maior eficiência e produtividade das culturas e melhor uso dos recursos do agricultor.