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01/04/2019

Consultor dá dicas de como evitar o Mofo-Branco

 

 

Em entrevista ao Programa Semanal de Rádio da Coasa, o parceiro e consultor Ricardo Brustolin compartilhou algumas informações sobre o manejo e a ocorrência da Mofo-Branco na cultura da soja. “Nas últimas safras, intensificaram-se muito as ocorrências e os danos desta doença nesta cultura. Principalmente nas regiões de altitude maior do RS, como as regiões do Planalto Médio e Campos de Cima da Serra, que onde é o fungo encontra condições mais favoráveis para sua proliferação”, ressaltou.

Segundo Brustolin, atualmente existe uma quantidade de inóculo no solo com a quantidade da doença nas plantas de soja. A quantidade de inóculo no solo é composta por escleródios, os quais mantem o fungo viável por alguns anos na superfície do solo ou enterrados. “Esse inóculo foi aumentado, por várias décadas, por falta de conhecimento sobre esta doença e os produtores acabaram fazendo práticas de manejo a favor do fungo”, declarou.

Atualmente, sobre as ações e práticas de conhecimento sobre o fungo que a Coasa vem realizando, é possível realizar o caminho inverso, evitando a proliferação da doença no solo, tanto no inverno como no verão, menciona Brustolin. “Recomendo para os agricultores que tenham histórico de Mofo-Branco na sua lavoura, que após a colheita da soja, não deixem o solo descoberto. É importante cultivar culturas não hospedeiras, podendo ser introduzidas aveio, cevada, trigo, centeio e, posteriormente, se possível, o cultivo do milho, que é importante na rotação de culturas. A sucessão e a rotação com gramíneas é importante até que este inóculo se estabilize”, evidenciou o consultor.

De acordo com Brustolin, ao longo dos anos, ao fazer esta rotação e sucessão, o Mofo-Branco, naturalmente, vai baixar a sua quantidade nas áreas de lavouras. “Para acelerar este processo, é possível usar os agentes biológico disponíveis e recomendados pela Embrapa. Sugiro que os produtores que queiram usar está estratégia de controle, que procurem a Assistência Técnica da Coasa para ajustar as recomendações ideais, acelerando a morte e a inviabilização dos escleróides no solo”, enfatiza.

Além disso, Brustolin diz que o produtor pode se antecipar e pensar na safra seguinte, deixando planejada as cultivares, os hábitos de crescimento, os fungicidas que serão usados na floração da soja , que são as outras táticas de controle que completam essas, visando evitar que o Mofo-Branco se multiplique ou rode seu ciclo na próxima safra de soja. “Ao longo de várias safras, será possível conviver com esta doença, sem causar danos como vem sendo causados como nas últimas safras”, pontua.

Para encerrar a entrevista, Brustolin se coloca à disposição da Coasa e dos produtores para outros esclarecimentos, desejando uma ótima safra 2019/2020.