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19/12/2018

Doenças da cultura da soja afetam lavouras no campo de atuação da Coasa

Em entrevista ao Informativo Coasa, deste final de semana, o Departamento Técnico orientou os produtores sobre o tombamento de plantas que vem ocorrendo nas lavouras de soja implantadas. Os motivos estão associados a fungos causadores de doenças na cultura da soja: destacam-se a Fitóftora e o Pythium.

A fitóftora é um patógeno que possui hábito de deslocamento através do filme de água no solo, sendo o solo e restos culturais de soja contaminados a fonte de inóculo inicial. O fungo pode infectar plantas através da raiz, em qualquer momento, desde que as condições sejam favoráveis para seu desenvolvimento (alta umidade do solo e temperaturas ideais, de 25 a 30ºC). Os primeiros sintomas geralmente aparecem após episódios de chuvas intensas. As plantas doentes distribuem-se aleatoriamente no campo e também podem seguir o padrão das áreas mais baixas ou com má drenagem.

Já os sintomas causados pelo fungo do Pythium são observados nas raízes, sob a forma de lesões de coloração marrom-claro a marrom-escuro, manifestando-se em sementes e plantas jovens. Nas sementes, o fungo pode manifestar-se antes mesmo da germinação. Quando isso ocorre, o fungo é letal e não ocorre a emergência da plântula. Em plantas jovens, ataca primeiramente as raízes e em seguida alcança o colo. O tecido perde firmeza, fica aquoso e apresenta uma podridão de coloração castanha, provocando o tombamento da planta. A doença pode evoluir de tal maneira que a planta literalmente é dissolvida, desaparecendo totalmente. As plantas mais desenvolvidas conseguem sobreviver ao ataque, mas podem apresentar manchas e folhas amareladas.

Para efetuar o manejo, o agricultor pode contar com conjunto de ferramentas de manejo integrado, são elas, rotação de culturas, melhoria da qualidade física do solo com drenagem e descompactação, evitar fazer semeaduras em solo com temperatura baixa e alta umidade e avaliar as cultivares.

Já com o problema instalado na lavoura é necessário observar qual a severidade do ataque que justifique ou não o replantio. Se houver necessidade de replantio observar, principalmente, a cultivar que será instalada, as condições climáticas que existirão após o plantio para que o problema não se repita. Se não houver necessidade de replantio, mas a população de plantas ficou abaixo da esperada o indicado é efetuar manejos que favoreçam o desenvolvimento destas plantas, através da complementação com nutrição e bioestimulantes.