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11/12/2019

Profissionais da Fábrica de Ração da Coasa participam de viagem técnica à Nova Zelândia

Entre os dias 25 e 30 de novembro a coordenadora da Fábrica de Ração da Coasa, Ivane Martini e a coordenadora de Captação de Leite, Liliane Zanatta participaram de uma missão técnica à Nova Zelândia, juntamente com profissionais de 17 cooperativas gaúchas, além de representantes da CCGL.

Eles percorreram três regiões que abrangem as cidades de Palmerston North, Hamilton e Auckland, pertencentes à Ilha Norte. O objetivo principal foi aprimorar conhecimentos, conhecer sobre sistemas de produção baseados em pastagens com suplementação e transmitir as informações aos produtores de leite.


Grupo em visita ao Morrinsville Mega Cow

A viagem foi a complementação do módulo final do curso “Alto desempenho leite”, promovido pela CCGL e a FecoAgro/RS, com apoio do Sescoop/Ocergs - RS. No total foram 14 módulos mensais durante o período total de 14 meses.

Durante a missão, as profissionais participaram de um curso teórico na Massey University e nos dias 27 a 29 foram realizadas visitas nas fazendas.

Conhecendo a realidade local

O grupo formado por 37 profissionais, entre representantes das cooperativas gaúchas, assistentes técnicos comerciais e da área de suprimento leite da CCGL, visitou dez fazendas dos diferentes sistemas de produção, sendo todas à base da alimentação vinda do pasto, variando de 180 a 900 vacas em lactação. As fazendas possuem sistema robotizado, ordenhas em carrossel e ordenhas em espinha de peixe linha média simples. A base do pasto é azevém (diplóide ou tetraplóide consorciado a trevo branco) e no verão uso de chicória, beterraba forrageira e nabo forrageiro. Os sistemas que utilizam suplementação no cocho são com silagem de milho e/ou farelo de dendê. Todas essas propriedades tem produção de leite sazonal, ou seja, os partos ocorrem em apenas dois meses no ano, e a produção segue a curva de lactação dos animais, conforme ocorre diminuição de oferta de pasto há diminuição da exigência nutricional do rebanho. “A produção de leite no país vai muito além de simplesmente ter a atividade leiteira na propriedade, é a principal fonte de renda da maioria delas. O ponto forte é a gestão é impecável que todas possuem, a tomada de decisão é feita a partir de números. Eles sabem onde estão e pra onde precisam ir, possuem objetivos claros e traçam metas para alcançá-los”, afirma a médica veterinária Liliane Zanatta.


Curso teórico na Massey University

Ivane Martini, coordenadora da Fábrica de Ração, explicou que o foco das pessoas que trabalham com o leite na Nova Zelandia é empresarial. “Elas têm uma visão ampla de mercado já que 95% do leite deles é exportado. Assim, conseguem planejar e flexibilizar seus custos de produção. Se o ano tem previsão de ser ruim, optam por diminuir investimentos e focar no que traz lucro”.

A Nova Zelândia é um país no sudoeste do Oceano Pacífico formado por 2 ilhas principais, ambas marcadas por vulcões e glaciações.

Na última segunda-feira (9/12) uma reunião de encerramento do ano foi realizada em Água Santa com os produtores atendidos pela Coasa, onde as coordenadoras relataram os principais pontos da viagem e dividiram a experiência com o grupo.